segunda-feira, novembro 29, 2004

 

Coitado do gaijo

Vá lá, eu nem gosto do gaijo.Sempre achei que ele lá havia de chegar, mas que talvez não devesse.E a malta a dizer que ou não, que não chegava ou sim, que merecia.Porque era um demagogo preocupado com a imagem que só sabia falar e não mostrava obra por si, diziam uns.Que sim tinha obra e era competente, diziam outros, que bastava atentar nas hostes que o seguiam para ver que ele tinha qualidade e, que os pequenos defeitos que teria seriam supridos pelas qualidade imensas das pessoas que o rodeiam!Pois depois de tanto se bater o homem chegou a primeiro-ministro.Tá lá.E chegou legalmente sem barafunda, de forma ordeira e legal, que não teria levantado grande alarido se não fosse ele.E teve uma semana para apresentar equipe, refazer os planos de uma estratégia que era bastante personalizada e que era tudo menos de sprint final de vitória.Seis meses depois, a equipe que apresentou é revirada, as linhas de fundo são outras e a malta abandona e acusa de descoordenação e deslealdade!Pelamordedeus Isto não é futebol. Nem o homem era o melhor para o lugar nem teve tempo para se preparar (quer dizer, teve uma vida, mas na prática não teve, se me percebem), nem poderia ter grande equipe, nem teve o bom senso que tinha tido de vender a coisa à comunicação social.Podia ter marginalizado o Marcelo, mas não o fez. Confrontou-o como um político do sistema.Podia ter mandado a polícia de choque contra meia dúzia de gaijos que diziam mal dele, mas ridicularizou-os, como um democrata.Podia ter feito um congresso a sério, mas isso poderia fragilizar o país, o que era uma merda e, como homem de estado, optou por não o fazer.Poderia ter feito um orçamento a restritivo e inatacável mas, como um bom homem do povo, achou que era altura de arriscar e soltar um bocado o cinto.E como resultado está a levar na cornadura e cai-lhe tudo em cima. Parece impossívelMesmo para a comunicação social que temos, é demais.

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