sábado, janeiro 29, 2005

 

Fotografias nas paredes do Tascalhão - senhoras

Manuela Moura Guedes
A televisão é um veículo de descanso intelectual, e não de crescimento cultural ou, Deus nos livre, de informação ou cultura.
Sobreviveu à rivalidade no Nutícias e manda diariamente abaixo tudo o que é de mau gosto.
Só se estraga um bocadinho com o Esteves Cardoso. Aquilo é um bocadinho strip misto, mas pronto.


Suha Arafat
A loira dos milhões, a mulher que mantém o segredo de “porque é que ela valia tanto?”


Passou da mulher odiada pelos árabes para a guardiã dos milhões de ajuda humanitária, para um povo onde a subnutrição é tão grave como no Sahara, com uma anualidade à volta de 1 Milhão durante a vida do marido e um bocadito mais modesta agora que acordou entregar o guito a um novo guardião.
Como se pode ver, instila paixões no mundo inteiro

Alessandra Mussolini
“As pessoas ficam de pé atrás quando ouvem o meu apelido”

Política de profissão, abandonou o partido por este ter condenado o fascismo como bárbaro.
Para quem conhece os sevandijas, apoia o PNR português, conjuntamente com o Le Pen.


 

Poluição publicitária



Ora atão vamos falar de publicidade, do reclamo meus senhores!
Que antigamente um gaijo ainda sabia a quantas é que andava, que era os reclamos e que quem muito reclamava pouco fazia.
Ora o mundo lá evoluiu num sentido mais complexo e os reclamos passaram a anúncios, que passaram a spots, que passaram a comunicação.
Ora atão a comunicação pode ser entendida, pelo comum da malta, como a ciência de criar na malta geral ou específica os comportamentos desejados.
Conforme seja comercial ou política, é também costume designar-se por publicidade ou propaganda, mas isto num nível já mais da sociedade civil, propriamente dita, não sendo aparentemente bem assim ao nível dos gurus dessa nobre ciência com laivos de arte.

E até aqui tudo bem, está bem de ver que cada um pode puxar a brasa à sua sardinha. Ora eu ando por aí.
Pois é, e ando um bocado encavacado com os reclames para a campanha política!

Atão um dos gaijos decidiu aparecer, depois do Tsunami, essa barbaridade de mortos que houve, com a frase “contra ventos e marés”. É que se não é para mostrar que o homem luta contra inimigos do tamanho do Tsunami, o que de si é de mau gosto, é para explicar que estão todos contra ele e que, mesmo assim, quer servir Portugal, apesar dessa multidão que não o quer deixar!
Tá boa...
Atão e o défice? E a falta de competitividade? E a bancarrota da segurança social? E o descrédito das instituições? E o gigantismo burocrático do estado? E a morte do sistema nacional de saúde? E a desgraça da educação, que condena a próxima geração a ser ainda mais atrasada que esta, social, cultural, económica e higienicamente?
Pronto, isso interessa menos desde que se vá para o combate político.
Pois o outro é mais inovação, brilho no olho, futuro rumo, acreditar de novo.
Em quê, no crescimento do investimento do estado? No aumento do funcionalismo público? Nas mesmas estruturas de à 3 anos? Nos hospitais públicos? Na reformas contínuas da educação, que acabaram com a história como fundamento de conhecimento do que se passa à nossa volta e com a aritmética para o compreender? (pois é verdade, é mal ser a favor do empinanço da tabuada, que custa a aprender)
Temos um gaijo que é porreiro: Portugal antes de tudo, emprego para todos, etc. É o tamos com vocês. Sou, purzemplo a favor do fundo vermelho a arder, da imagem de herói de filme de guerra, do brilho nos olhos de quem já viu muito e quer ver mais, e tem ainda muito para lutar. Acho que este é um bom reclame.
Sou menos a favor do voto útil. A imagem de mangas de camisa com gravata sobre um azul céu é um bocado eities, tá datada, mas pronto não é mau.
Agora, não percebo bem as três gaijas do giratório, a baloufa, a velha e a verruginosa. São de que partido? É que não se vai lá porque não se vê o logótipo do partido (a “sigla”). Se calhar é um bocado tipo Alessandra Mussolini, sem o corpo, mas com o mesmo regabofe.
E de campanha, de reclamos era isto, o mesmo dos anos passados, não fosse a guerrilha:
O desgraçado do herói do tsunami leva narizes de palhaço pelo país todo, ao mesmo tempo que o gaijo da inovação é ajavardado com um reclame tipo KÉKELEFEZ, PELAMORDEDEUS? CONHECE MESMO ESTE HOMEM?
Abstraindo da justeza do nariz de palhaço e do achincalhamento à obra:
Minhas senhoras comportem-se! Tenham termos!
É que isto de fazer publicidade não é andar à porrada metafisicamente. É fazer passar ideias e a ideia que um é palhaço e o outro triste não ajuda e só faz com que um gaijo, no caminho para o trabalho, fique a pensar que paga impostos demais. Para uma data de gaijas no período fazerem guerra de faz- de- conta umas às outras, porque ninguém lhes coça a sarna.
Tenho sinceramente mais o que fazer do que comentar a campanha política, mas isto é estragar o ambiente e mostrar que têm tempo a mais nas mãos.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

 

Hellblazer



Merda para os gaijos.
Eu gosto de banda desenhada. Gosto muito. Gosto tanto que ainda lhe chamo banda desenhada. Ok já não lhe chamo quadradinhos, mas ainda lhe chamo banda desenhada. É um bocadinho como a malta que já gostava de copos em 93, que olha de lado para os putos dos “shots”. “Shots” é um bocado como body surf em vez de carreirinhas (com ou sem barbatanas). É um estrangeirismo inventado por malta que viu uma coisa cá, achou foleiro voltou a vê-la no cinema, e achou pinta, não sabe do que é que está a falar, tem uma ideia moderada que é “cool” e, pronto, dá-lhe um nome estranja, ao mais das vezes enrascado

Ok. Eu fazia carreirinhas, mandava dois penáltis no Seven (em cascais), e ia para casa ler banda desenhada.
E um dos meus personagens preferidos era o Hellblazer, John Constantine para quem o conhecia. Personagem do sub mundo de Londres, aldrabão, amoral e mágico.
Pois é, era mágico, mas só depois de ser londrino, com uma pronúncia altamente londrina, e aldrabão. E amoral, totalmente amoral. Tão amoral que aldrabou o Diabo.
Pá e isso era louco.
Agora o que me faz impressão é que os putos dos body surfs antes dos shots. Que até fazem piercings, cresceram. E imigraram. E aparentemente foram para Hollywood, onde descobriram que o revivalismo da banda desenhada para adultos tá na moda.
Vai daí fizeram o Blade que, bem vistas as coisas não foi nada mal feito, quando comparado com a atmosfera original.
Pronto, e lançaram-se por aí fora e lixaram o Hellboy. O que nem é mau, porque o Hellboy também não era extremamente inteligível mas quer dizer, era um trabalho consolidado que foi por água abaixo, ai isso foi.
E agora a moda pegou e atiram com uma personagem que é, basicamente, um filho da puta místico aldrabão, LOIRO e meio sujo, para cima do Keanu Reaves.
Ou seja o Keanu vai ter que interpretar um bacano com um sotaque mais cerrado possível de Londres (tipo pôr o Sócrates a falar à Gaia) que sacrifica pessoas que confiam nele, come as gaijas que pode e depois conta (tipo pôr o Sócrates a falar à Gaia), fuma 3 maços de tabaco por dia e tem um humor negro do pior.
Isto depois de ter sido encornado pela Diane Keaton com o Jack Nicholson (tá aí um gaijo que, de cabelo loiro e esticado até dava para o papel melhor que o Keanu).
Mas as coisas são como são e não como a gente quer, e agora a ultima das personagens puras e duras é feita pelo menino bonito. Penso que, para pôr uma cara bonita, se podia pôr a Zeta Jones e pronto.
Quer dizer, não é a ultima.
Ainda existem personagens tipo Watchman. Podiam pôr a Catherine Zeta Jones no lugar do Roscharch, que é um vigilante retraçado, homicida e porco (de não tomar banho).


Pois é. Tou velho

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