quarta-feira, fevereiro 23, 2005

 

Sim, Prondé kum gaijo se vira?

E para quê?
Sim, para quê, é o que eu me pergunto.
Tão um gaijo nasce para se esgalhar a trabalhar, para mamar 30 cafés ao dia, e quem não mama 30 cafés fuma 30 cigarros, e quem não fuma 30 cigarros bebe que nem uma besta e quem não bebe joga e quem não joga é um filha da puta sem remissão, para não andar nisto para mostrar que é melhor que os outros.
E depois desta merda, um gaijo vai ao médico, ao contabilista, ou uma merda dessas e descobre que os pulmões, o coração, o fígado ou a carteira tá feita num oito, e que o individuo se prepara para lhe levar mais algum no troco para resolver o problema.
Aliás o uníco vício que não se enquadra, como me disse um amigo meu, é o das putas. À uma porque não consegue dar 30 num dia, à outra porque não faz doenças.
Também já lhe expliquei que o gaijo que não tome cuidado não, que ainda arrebenta a camisa e depois vai ver se não fica com a tenção alta e não preferia o AVCzito da ordem à carrada de SIDA que leva para casa.
E depois é o sal, a gordura e o açúcar a dar hipertensão, colesterol e diabetes, ou outra merda qualquer que um gaijo se lembra de comer.
E se um gaijo toma cuidado com isso, ou não toma e diz que os nossos tetravôs não tomavam ainda tá lixado (se diz que os tetravôs já tá lixado por ser uma besta, visto que só um atrasado mental é que pode ignorar 100 anos de evolução tecnológica que nos deram resultados, purzemplo na Pamela Anderson, se bem que ultimamente ela abandonou um bocado as tecnologias e mandou parte das mamas para o lixo).
Porque os tetravós não tinham que se haver com salmonelas, vacas loucas, vacas loucas na cabras, hormonas nos frangos, e por aí fora.
E vai daí e ele há grunhos (hi, hi, esta era uma palavra que eu já não usava à uns anos. “grunho” curto!) para tudo e alguns de entre a malta põe-se na agricultura biológica, a cavar as couves, a cagar as couves para as fazer crescer e daí por em diante.
E ficam estes sujeitos todos contentes, a dizer que é dessa merda que comem, e não da merda artificial que a malta come toda e aproveitam e pedem mais uns cêntimos por grama só para poderem cagar nas couves.
E depois levam nos cornos com o buraco do Ozono e o aquecimento global e a deflorestação (posto assim é igual a desvirginar a floresta do Amazonas, as coisas que o Homem faz).
Isto tudo para dizer o quê?Não sei bem, parei para beber um copo, olhei para cima e percebi que estou um bocado confuso.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

 

Prondé kum gaijo se vira?

Pois é. São pai setenta por cento de um milhão.
Consomem sessenta e cinco por cento do trabalho que produzem.
É A MALTA DO ESTADO Ó CARAÇAS.
Todos nós curtimos a ideia de o Carrilho entregar um milhãozito à Barabara, sim que isto milhãozito por milhãozito, antes na Bárbara que no CCB. Isso do CCB já não percebo.
Aliás, continuo a achar que uma das crises deste país é a crise do respeito, já não há respeito a quem de direito. Basta ver que Casas Pias e Apitos Dourados não existiam há dez anos, e atão no tempo da outra senhora, quando o respeito ainda morava em Portugal, era inconcebível. Quer–se dizer, alguém está a ver, vá lá, um exemplo inconcebível, o Soares a ir dentro por andar a comer meninas menores de idade?
Claro que não, aquilo é uma pessoa séria e importante, que progrediu Portugal, esteve na vanguarda da democracia e combateu por um País melhor.
Hoje em dia, parece que nada é sagrado e as pessoas importantes, aquelas que realmente fariam andar o país, andam mais preocupadas em proteger a sua vida privada do que em trabalhar. Ora veja-se os árbitros. O próprio do juiz arbitro.
Ora este é o homem que faz andar o futebol. Venham-me lá buscar Claudios Pitibulis, Liedessones ou Simões, que aquilo tudo lá dentro sem os homens de preto é a barafunda que toda a malta imagina.
Atão não é que a PJ (provavelmente algum guarda retraçado com o resultado de um jogo e invejoso) deu em andar à caça de ÁRBITROS CORRUPTOS?
Vá-se lá ver, como se futebol só se jogasse com onze e dentro do campo. Vejam lá, e dizer “olhe, já agora veja lá se o treinador ganha bem”, claro que ganha, e os jogadores também. E alguém tinha que garantir, a troco do FUTURO do futebol profissional, que os árbitros também andam mais preocupados com o jogo que propriamente com o fim do mês. E Já agora, existe alguém que NÃO GOSTE do Major Loureiro?
Não, toda a malta gosta. Pessoa séria, importante, amigo do seu amigo e que ajuda toda uma comunidade com o seu dinheiro.
Pessoa aliás de quem até o menino Jesus gosta muito, a ver a quantidade de vezes que já ganhou o Totoloto. É a mesma coisa que descobrirem que o SG Ventil mata, Duh!
Um bocadinho mais de pesticida aqui, um bocadinho menos de alcatrão e tá-se tudo nas tintas, aquilo é tudo fumado na mesma.
Sim senhora e o Sr. Carlos Cruz, esse comunicador a quem, em ultima instância, devemos o Euro em Portugal? (foda-se para os gregos). Lembra alguém prendê- lo, só porque ACHA que o homem andou a cheirar o queijo a uns quantos putos? Pessoal da ralé cuja palavra pessoas sérias nem deveriam ouvir? E põe-se assim a devasso a vida da alma do Zip, do 123, de embaixadores e outras pessoas sérias que tanto fazem andar este país, a troco de uns putos da Casa Pia?
Depois olhem, cai- se no que se cai, nem produtividade nem crescimento nem coisa nenhuma.
Custa, é virem com a tal boca dos 700.000 funcionários públicos, que são a mais, que são a menos, que são mais ou menos, que vão para a rua, que vão ser aumentados ou congelados ou não, que consomem 65% do que fazem, que só eram necessários 35% deles (245.000), que deveriam entrar no regime geral, QUE ISTO NÃO PEGA.
Ora não pega por duas razões:
À uma, nenhum político vai ser eleito a explicar aos 700.000 macacos e respectivas famílias que são, para todos os efeitos, o Zé realmente votante, que vai despedir a maior parte deles e reduzir os benefícios, para os quais estiveram assentados atrás da secretária ou do balcão uma vida inteira e, às duas porque prái 78% do Zé trabalhador, continua com o funcionalismo público no seu imaginário e, depois de tanto imaginário destruído, este já ninguém deixa destruir (isto num país em que uma data de malta ainda diz que uma das razões para votar, é o facto de poder vir a ser presidente) então agora que o herói nacional deixou todo o país pendurado para conseguir um tacho em Bruxelas, anda tudo com a ideia no subconsciente colectivo de que, se calhar, isto até dava para sermos todos funcionários públicos em Bruxelas até porque, bem vistas as coisas temos lá essa cunhazita que nos deve bastante a todos, que é o belo do cherne nacional.
De qualquer maneira, a malta queixa-se, queixa-se, mas a verdade é que continua a dar bastante jeito a desculpa de que vamos à Loja do Cidadão, para pedir um dia de férias ao chefe, e essa é que é essa.
Portanto, estou com a solução da hora, vamos aumentar a produtividade dos outros milhões de macacos, que mesmo assim sobram uma data deles para pagar impostos e trabalhar a sério.

Até porque, arrego diabo, mas a solução mais evidente para colmatar a falta de qualidade dos políticos cá da terra seria desistir da soberania e ter um governo europeu forte em Bruxelas. Mas em Bruxelas tá o Durão...

 

MESTRE

Às vezes perguntam-me:
“É Pá do Blogue, onde é que aprendeste a escrever assim, tão energicamente?”
E eu respondo:
“Na escola. Quero dizer, no computador não foi na escola, foi no computador, mas a escrever, o b-a-bá, isso foi na escola!”
E então tornam-me:
“Mas, ó Pá do Blogue, não é isso, onde é que aprendeste a dar esses enormes pontapés na gramática, esses curiosos saltos de ortografia, essas violentas tacadas na prosa?”
Ao que eu returco: Impecável, returco passa no corrector do Word! Fabuloso.
Mas para dar o jus a quem o merece, quero daqui endereçar umas linhas ao mestre da escrita, ao inovador 30 anos antes do seu tempo:
VILHENA!
(ok, ok, ok, o Eça também escreveu umas coisas porreiras, e o Gil Vicente também não desmereceu, mas mesmo assim...)
Posso mesmo dizer que fiquei fascinado com “As Aventuras do Filho da Mãe” e “O Filho da Mãe Volta a Atacar”, obras que, em conjunto com outras, como a Avelina, ficarão para sempre esquecidas pela malta, e só lembradas em conversa de tascalhão. E mesmo assim... Vá lá, pouca malta sabe do que estou a falar!
Porque o Sr.Vilhena é um homem, não entra em tricas, caga nisso.
Nos bons tempos do respeito pelas instituições, quando ainda se podia ser corrupto em Portugal sem se estar preocupado se a nossa vida pessoal era ou não devassada pelos jornais, entregava na Censura cópias dos seus livros antes de os publicar.
A “Avelina” mostra bem o confronto de uma educação privada de tudo com uma falta de privação sem educação, e a malta... pimbaaa!
Isso é que é festa, nos livros do Vilhena, era quase uma Casa Pia, o mais das vezes hetero, misturada com uma Parquexpo a meias com reformas de CGD, relatadas em tom corriqueiro e diário.
Vai daí vem a revolução e o gaijo dedica-se ao empreendimento nocturno. É que eu nem sou contra, sou a favor, tudo o que é negócio de gaija boa vale a pena e é melhor que estar agarrado a um teclado seboso.
Pá acho que tá na altura de fazer jus a um homem que foi expoente de um pensamento.
Admitidamente, o pensamento era muito dele e era o mais das vezes sobre gaijas e filhas da putice, mas era um pensamento coerente. Lento porém coerente. E correcto.

Bem Haja

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

 

Discussão a dois








Pá, hoje ouvi uma discussão entre um aldrabão e uma bicha assanhada. Pois que um vinha com o trabalho feito e as coisas que fazia, com um à vontade próprio de quem conhece a vida a humanidade e lhes sabe dar a volta, de quem conhece a adversidade mas sabe que, sendo a memória curta, um gaijo com calma, descontracção e estupidez natural, vai lá, vai dando a volta com a cantiga do malandro. E que a malta, com tempo e amolecimento, cai outra vez. A Bichona tornava que não, saltava no banco, esbracejava, empertigava-se ciava (diccia que não). E era um com as ideias e o outro com o debate ou vice- versa. Porra que dói.
E é chato e má criação, porque a bichona chamou aldrabão ao aldrabão, mas o aldrabão NÃO chamou bichona à rainha. Ainda lhe chamou aldrabão (eu, que sou eu, e que tenho visto muito, estava à espera que a bichona se levantasse, com uma mão na anca e o dedo apontador da outra a dar, a dar, e dissesse “Ooooolhe, nem aldrabão, nem “ão” nenhum, ouviu, eu sou muito “inho””).
Acho que assim não. Um gaijo só porque é vagabundo e vive do bem falar NÃO PODE ACHINCALHAR OUTROS, só porque dá jeito.
Té porque tou mesmo a ver o aldrabão, com voz séria, arrastada e ponderada a dizer “Olhe que eu não tenho nada contra os homossexuais, porque até tenho um colega de trabalho que, de vez em quando também lá vai. Quero dizer, ele ainda tentou comer a minha ex, mas não se pode ter sol na eira e vento no cebolal, e a gaija já me tinha tido a mim que sou um gaijo cheio de azar na vida, e não quis outro. MAS OUÇA! Tinha-os respeitado na mesma, se fizessem alguma coisa”.
E também tou a ver a chona a dizer “Desculpe lá, porque essa cantiga eu conheço de ginjeira, tenho lá uns colegas no trabalho, pronto, não têm a escola do cais do sodré e da feira da ladra, mas vêm da feira de Gaia e da Afurada, até tenho indivíduos que estiveram a fazer estágios em Macau, tenho lá indivíduos, ouviu, com sotaque mais inocente que o Prof Salazar”.
Mas ainda bem que não o fizeram, porque a malta que tava ali a ouvir já achou que aquilo tinha pouco nível, não valia a pena descer.
Fora isso fui ao cinema, ver "Meet the Fockers". Teve mais piada

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