segunda-feira, fevereiro 21, 2005

 

Prondé kum gaijo se vira?

Pois é. São pai setenta por cento de um milhão.
Consomem sessenta e cinco por cento do trabalho que produzem.
É A MALTA DO ESTADO Ó CARAÇAS.
Todos nós curtimos a ideia de o Carrilho entregar um milhãozito à Barabara, sim que isto milhãozito por milhãozito, antes na Bárbara que no CCB. Isso do CCB já não percebo.
Aliás, continuo a achar que uma das crises deste país é a crise do respeito, já não há respeito a quem de direito. Basta ver que Casas Pias e Apitos Dourados não existiam há dez anos, e atão no tempo da outra senhora, quando o respeito ainda morava em Portugal, era inconcebível. Quer–se dizer, alguém está a ver, vá lá, um exemplo inconcebível, o Soares a ir dentro por andar a comer meninas menores de idade?
Claro que não, aquilo é uma pessoa séria e importante, que progrediu Portugal, esteve na vanguarda da democracia e combateu por um País melhor.
Hoje em dia, parece que nada é sagrado e as pessoas importantes, aquelas que realmente fariam andar o país, andam mais preocupadas em proteger a sua vida privada do que em trabalhar. Ora veja-se os árbitros. O próprio do juiz arbitro.
Ora este é o homem que faz andar o futebol. Venham-me lá buscar Claudios Pitibulis, Liedessones ou Simões, que aquilo tudo lá dentro sem os homens de preto é a barafunda que toda a malta imagina.
Atão não é que a PJ (provavelmente algum guarda retraçado com o resultado de um jogo e invejoso) deu em andar à caça de ÁRBITROS CORRUPTOS?
Vá-se lá ver, como se futebol só se jogasse com onze e dentro do campo. Vejam lá, e dizer “olhe, já agora veja lá se o treinador ganha bem”, claro que ganha, e os jogadores também. E alguém tinha que garantir, a troco do FUTURO do futebol profissional, que os árbitros também andam mais preocupados com o jogo que propriamente com o fim do mês. E Já agora, existe alguém que NÃO GOSTE do Major Loureiro?
Não, toda a malta gosta. Pessoa séria, importante, amigo do seu amigo e que ajuda toda uma comunidade com o seu dinheiro.
Pessoa aliás de quem até o menino Jesus gosta muito, a ver a quantidade de vezes que já ganhou o Totoloto. É a mesma coisa que descobrirem que o SG Ventil mata, Duh!
Um bocadinho mais de pesticida aqui, um bocadinho menos de alcatrão e tá-se tudo nas tintas, aquilo é tudo fumado na mesma.
Sim senhora e o Sr. Carlos Cruz, esse comunicador a quem, em ultima instância, devemos o Euro em Portugal? (foda-se para os gregos). Lembra alguém prendê- lo, só porque ACHA que o homem andou a cheirar o queijo a uns quantos putos? Pessoal da ralé cuja palavra pessoas sérias nem deveriam ouvir? E põe-se assim a devasso a vida da alma do Zip, do 123, de embaixadores e outras pessoas sérias que tanto fazem andar este país, a troco de uns putos da Casa Pia?
Depois olhem, cai- se no que se cai, nem produtividade nem crescimento nem coisa nenhuma.
Custa, é virem com a tal boca dos 700.000 funcionários públicos, que são a mais, que são a menos, que são mais ou menos, que vão para a rua, que vão ser aumentados ou congelados ou não, que consomem 65% do que fazem, que só eram necessários 35% deles (245.000), que deveriam entrar no regime geral, QUE ISTO NÃO PEGA.
Ora não pega por duas razões:
À uma, nenhum político vai ser eleito a explicar aos 700.000 macacos e respectivas famílias que são, para todos os efeitos, o Zé realmente votante, que vai despedir a maior parte deles e reduzir os benefícios, para os quais estiveram assentados atrás da secretária ou do balcão uma vida inteira e, às duas porque prái 78% do Zé trabalhador, continua com o funcionalismo público no seu imaginário e, depois de tanto imaginário destruído, este já ninguém deixa destruir (isto num país em que uma data de malta ainda diz que uma das razões para votar, é o facto de poder vir a ser presidente) então agora que o herói nacional deixou todo o país pendurado para conseguir um tacho em Bruxelas, anda tudo com a ideia no subconsciente colectivo de que, se calhar, isto até dava para sermos todos funcionários públicos em Bruxelas até porque, bem vistas as coisas temos lá essa cunhazita que nos deve bastante a todos, que é o belo do cherne nacional.
De qualquer maneira, a malta queixa-se, queixa-se, mas a verdade é que continua a dar bastante jeito a desculpa de que vamos à Loja do Cidadão, para pedir um dia de férias ao chefe, e essa é que é essa.
Portanto, estou com a solução da hora, vamos aumentar a produtividade dos outros milhões de macacos, que mesmo assim sobram uma data deles para pagar impostos e trabalhar a sério.

Até porque, arrego diabo, mas a solução mais evidente para colmatar a falta de qualidade dos políticos cá da terra seria desistir da soberania e ter um governo europeu forte em Bruxelas. Mas em Bruxelas tá o Durão...

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